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19 de julho de 2012

Censo do Samba Paulistano 2012 realiza raio-X sociocultural do Carnaval

Por: Web Matser

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A São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos) dá continuidade ao trabalho de pesquisa do Carnaval da cidade e lança a segunda edição do Censo do Samba Paulistano. Desenvolvido pelo Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, núcleo de pesquisas da SPTuris, o estudo dimensiona e mapeia a cadeia produtiva que envolve o Carnaval na capital paulista. No total, foram quatro meses de coleta e análise de dados junto às agremiações e entidades.

Novidades

 Entre as novidades da edição deste ano, estão um mapeamento mais detalhado das quadras das escolas dos grupos Especial e de Acesso e um levantamento sobre a utilização das áreas públicas e privadas para barracões ou quadras pelas escolas de samba. Hoje são 125 áreas ocupadas, sendo 49 por quadras (onde há atividade social, como os ensaios) e 76 barracões (onde é desenvolvida a parte fabril do carnaval, como os carros alegóricos). Das 49 quadras, 33 estão em áreas da Prefeitura; já entre os 76 barracões, 53 estão em áreas públicas.

Outra novidade é um encarte que traz todas as escolas de samba que existem ou já existiram na cidade desde a oficialização do Carnaval de São Paulo, em 1968. Ao todo, fizeram parte desta história 215 agremiações. Mas se em 1968 eram 18 agremiações em quatro grupos, hoje são 78 em sete grupos, sem considerar as escolas e blocos que participam do Pré-Carnaval, organizado pela ABBC.

Das agremiações que participaram do primeiro desfile oficial, 11 existem até hoje: Nenê de Vila Matilde, Mocidade Alegre, Unidos do Peruche, Morro da Casa Verde e Unidos de Vila Maria. A escola mais nova, criada em 2011, é a Acadêmicos de São Jorge, pertencente ao Grupo 4 da União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp).

Outra curiosidade diz respeito ao nome das agremiações. Bairros ou regiões da cidade, por exemplo, aparecem em quase 140 títulos. Termos como “unidos” ou “união” fazem ou fizeram parte de 20. Já as impérios, imperiais, imperadores e imperatrizes foram 14. Acadêmicos também é um prefixo comum: apareceem dez. Coma palavra “Flor” foram sete. “Primeira” fez parte do nome de nove e “Estação” aparece em três.

A pesquisa ainda traz um inédito estudo sobre todos os 2.089 sambas-enredo já criados desde 1991. Entre os dados levantados, verificou-se que as letras abordam mais comumente temáticas afro, folclóricas, críticas e biografias.

O Censo também pesquisou a atuação das agremiações em projetos sociais e apurou que quase a totalidade das 22 escolas do Grupo Especial e Acesso participam ou promovem alguma ação na área. Outro dado interessante foi sobre a presença de pessoas com deficiência no Carnaval: pouco menos da metade das escolas têm deficientes entre seus integrantes. Mas já existem um bom movimento para a inclusão dessas pessoas. Por exemplo, algumas agremiações apoiaram os projetos “Carnaval Paulistano: Só Não Vê Quem Não Quer“ e “Jurado dEficiente”, iniciativas da SPTuris cujo objetivo foi a inclusão de pessoas com deficiência visual no Carnaval.

Evolução do Carnaval

 Em um comparativo com a primeira edição do Censo, lançada em 2011, alguns dados mostram a evolução e a profissionalização do Carnaval de São Paulo, como o aumento do investimento das agremiações e o crescimento no número de empregos.

Investimento

(Total investido na montagem do espetáculo artístico das 78 escolas de samba e blocos da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo e da Uesp, sem considerar os investimentos em infraestrutura, comuns a todas e com receita própria):

Em 2011: R$ 36,8 milhões
Em 2012: R$ 48,3 milhões, sendo:

– Média de investimento por escola do Grupo 4: R$ 30 mil
– Média de investimento por escola do Grupo Especial: R$ 2,5 milhões

Empregos

(Postos de trabalho gerados pelas atividades relacionadas ao Carnaval):

Em 2011: 4.400
Em 2012: 5.460

OBS: O Censo apontou uma carência de profissionais de algumas funções, principalmente nas áreas de confecção de fantasias, adereços e acabamento de alegorias, que são, por sua vez, as funções que mais empregam.

As 130 páginas da publicação trazem ainda outras informações, além de mapas, fotos, gráficos, dados de cada uma das agremiações e os “Carna-Cardiogramas”, que abordam graficamente a trajetória das escolas.

A íntegra do Censo do Samba Paulistano 2012 está disponível para download no site do Observatório do Turismo da SPTuris: www.observatoriodoturismo.com.br

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