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Saiu na mídia

8 de abril de 2014

Lollapalooza Brasil 2014: Um resumo de tudo que rolou na terceira edição do festival

Por: Web Matser

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Acabou. Lá se foi mais uma edição do festival Lollapalooza Brasil. No último final de semana, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, recebeu milhares de fãs de música e muitos shows nacionais e internacionais. Apesar de ainda estar longe da perfeição, e receber muitas reclamações, o evento agradou e cumpriu seu objetivo: celebrar a música com uma bela festa.

No primeiro dia, debaixo de um forte sol, as 80 mil pessoas que circularam pelo Lolla enfrentaram algumas dificuldades para trocar de palco. O problema do vazamento de áudio entre um local e outro, que aconteceu nas duas primeiras edições, foi sanado, mas em compensação, a distância aumentou e muito. As filas para comer e ir ao banheiro também tomaram um certo tempo, mas nada que ofuscasse a qualidade do som e da estrutura do festival.

Entre os shows, muita música boa. Destaque para o enérgico show do Cage The Elephant, que arrastou uma multidão para o Palco Ônix, no começo da tarde. Depois foi a vez do confuso e engraçadinho Julian Casablancas e a banda The Voidz acelerar as guitarras no Palco Skol, com direito a cover de Strokes, claro. O Imagine Dragons também agradou a plateia, assim como Lorde, que ficou impressionada, e emocionada, com as 40 mil pessoas que viram seu show.

Com a chegada da noite, vieram também os shows mais aguardados. Nine Inch Nails fez uma performance sombria e dançante, fazendo os fãs saírem do chão. Na sequência, no palco Skol, o Muse, mesmo com o vocalista Matt Bellami quase sem voz, conseguiu fazer uma apresentação épica, com direito a cover de Nirvana. Enquanto isso, no palco Interlagos, os jovens do Disclosure fizeram o Lolla virar uma grande balada e não desapontaram os fãs, dedicando até o single “Latch” a Ayrton Senna.

O segundo, e último dia, teve mais uma maratona de shows e muito calor. Durante a tarde, a sensação foi a musa Ellie Goulding, que cantou e encantou vestindo uma camisa da seleção brasileira. O Pixies, apesar da falta de comunicação com o público, também agradou com hits e muita experiência. O blasé Jake Bugg fez um show correto e deixou os jovens fãs sem entender muita coisa.

Depois vieram os veteranos do Soundgarden, uma das atrações mais esperadas da noite. O repertório recheado de clássicos fez a galera pular e cantar muito. O New Order, da velha guarda, acabou ficando meio deslocado no meio de tanta gente jovem, além de concorrer com a apresentação do Arcade Fire no outro palco. A turma de Win Butler botou a plateia para dançar e fez o melhor show do festival, com muito rock, muito indie, muitas máscaras e até covers de músicas brasileiras como “Aquarela do Brasil”.

Entre pontos altos e baixos, o festival de Perry Farrell segue firme no Brasil, com uma possível edição em 2015. A mudança de local, do Jockey para o Autódromo trouxe muitos benefícios sonoras e muita distância. O line-up, na opinião da maioria, pode ter mais folga entre um show e outro. Os preços abusivos continuam, mas a qualidade dos produtos oferecidos aumentou. Com relação à música, não há reclamações, ótimos shows, excelente estrutura e público feliz.

POP (07/04/2014)

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