25 de maio de 2016
Maximus Festival anuncia elenco e agrada por sua ousadia
Apostar nos alemães do Rammstein como atração principal foi um ato corajoso. O grupo de metal que flerta com o industrial e com o heavy tradicional canta em alemão, e é gigante na Europa, mas ainda não é um grande nome na América do Sul, apesar de ter aberto o show do Kiss em São Paulo, em 1998.
No entanto, Rammstein é uma atração que pode muito bem mostrar que há espaço para nomes fora do radar e se tornar alternativa para nomes frequentes em palcos brasileiros, como Iron Maiden, Kiss, Whitesnake e muitos outros.
Marilyn Manson e Disturbed, bandas norte-americanas que fazem um som pesado e, de alguma forma, alternativo, reforçam a opção por um elenco mais moderno, ainda que haja riscos – afinal, as duas bandas também não têm uma grande presença no Brasil, por mais que tenham fãs alucinados por aqui.
Entretanto, é no “terceiro escalão”” que aparecem três nomes que podem roubar o festival – não são tão alternativos nem tão pesados, mas têm muita qualidade: Hellyeah, Black Stone Cherry e Halestorm.
Hellyeah transita entre o hard rock e o heavy tradicional e tem na bateria Vinnie Paul, a usina d força que empurrava o Pantera. Halestorm, que esteve recentemente no Brasiil, é hard rock competente, tendo como vocalista a ótima Lzzie Hale. Já o Black Stone Cherry assumiu no ano passado o posto de mais bem-sucedida banda de stoner rock dos Estados Unidos.
A aposta em novidades também, se traduz em nomes desconhecidos por aqui, como Shinedow, Hollywood Undead e Steve Seagulls, e esse é mais um ponto altamente positivo do festival.
Entre os brasileiros, algumas promessas, como os ótimos Dr. Pheabes e Woslom, além de uma banda estranha ao rock pesado, o Far From Alaska, que tem uma pegada mais pop, mas que é uma das sensações do rock alternativo nacional.
Em sua primeira edição, o Maximus Festival deixa uma impressão bastante positiva por conta de sua proposta ousada.
WWW.UOL.COM.BR (21/05/2016)