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Saiu na mídia

25 de novembro de 2013

Corrida atrai público qualificado e gastador

Por: Web Matser

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Ao que tudo indica não é só o piloto tetracampeão mundial Sebastian Vettel que pretende bater recordes nessa última etapa da F1. Hotéis, restaurantes, casas noturnas e comércio paulistano aguardam a chegada de turistas considerados qualificados e bons gastadores. Trata-se do evento mais lucrativo do calendário turístico do município que movimenta anualmente R$ 230 milhões em apenas três dias do campeonato. Este ano, esta cifra pode avançar de 6% a 7% entre os dias 22 e 24 de novembro. Em termos comparativos, a parada LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) arrecada cerca de R$ 189 milhões e o Carnaval traz para a cidade não mais do que R$ 50 milhões.

“É um evento que dá visibilidade internacional, transmitido para vários países do mundo e que movimenta a economia da cidade”, avalia Marcelo Rehder, secretário especial para Assuntos de Turismo e presidente da São Paulo Turismo (SPTuris), empresa municipal de turismo e eventos. No ano passado, o GP Brasil de F-1 atraiu 127.398 participantes, 70 mil só no domingo, dia da corrida, lotando o autódromo. Desses, 60% eram turistas.

O turista da F1 é cobiçado porque tem gastos individuais 56,3% superiores aos de outros visitantes. Segundo pesquisa do Observatório do Turismo da cidade de São Paulo, ligado ao SPTuris, o gasto médio per capita nos três dias das corridas é de R$ 2.446, com hospedagem (49,4%), gastronomia (13,6%), lazer (16,5%), locomoção (4,8%) e compras (15,7%). Se o visitante for estrangeiro, o desembolso chega a R$ 3.851 nos quatro dias em que fica na cidade. Bem mais que o gasto mediano em 2004, quando era de R$ 930. Para se ter uma ideia, o chamado turista médio não despende mais do que R$ 1.378 por três dias em São Paulo e o da Virada Cultural é de R$ 300 per capita, conforme dados do ministério do Turismo. “Só em compras gasta R$ 36,1 milhões. É o maior faturamento dentre os eventos da cidade embora não seja o que mais atraia público”, estima Fábio Pina, assessor econômico da Federação do Comércio de São Paulo.

O visitante do GP Brasil de Fórmula 1 é predominantemente masculino (87,3%), de faixa etária entre 30 e 39 anos (34,7%), com curso superior (46,6%), assalariado (36,2%) e renda mensal acima de 10 salários mínimos (45,8%). Desse total, 33,9% é da capital paulista.

“Estamos esperando este ano de 6% a 7% de crescimento com o movimento da Fórmula 1”, diz Edmar Bull, vice-presidente administrativo da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). Segundo Edson Pinto, diretor da Confederação Nacional do Turismo (CNTur) e do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (SinHoRes), o GP Brasil provoca uma contratação adicional de 50 mil temporários. “Esse público frequenta só estabelecimentos sofisticados situados no quadrilátero dos Jardins em São Paulo”, afirma Pinto.

Já o Hotel Transamérica, que patrocina o campeonato, está com a ocupação lotada nos dias das corridas. Ele recebe turistas e algumas escuderias da F-1 que despendem 20% mais que o hóspede normal sendo responsáveis por 2% do faturamento anual do hotel e com estimativa de atingir 3% em 2014. “A Fórmula 1 é o ponto máximo de nossa operação”, admite Claudio Bonuccelli, diretor comercial e marketing do Hotel Transamérica São Paulo. A taxa de ocupação dos hotéis na cidade no mês de novembro sobe para 70% em função da Fórmula 1, maior que a média do ano de 66%, segundo a SPTuris.

Apesar do entusiasmo, às vésperas da realização do GP Brasil seguem as discussões sobre qual cidade brasileira irá sediar as provas de 2015 a 2020. Isso porque a assinatura para renovação do contrato entre prefeitura de São Paulo e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está prevista só para o fim de novembro – o contrato atual expira em 2014. Após garantir que atenderá às exigências de modernização do autódromo, a prefeitura diz que detalhes jurídicos estão sendo acertados. A reforma do autódromo exigida pela FIA, foi viabilizada por uma transferência de verba do ministério do Turismo de R$ 160 milhões, e será toda aplicada até 2015.

valor.com.br (22/11/13).

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