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2 de julho de 2014
Mesmo sem ingresso, argentinos dirigem milhares de quilômetros para dar força à seleção
Entrar na Arena Anhembi, zona norte de São Paulo, nesta semana e falar mal de Maradona não é uma boa ideia. Em um dos estacionamentos do espaço de eventos estão acomodados trailers, motorhomes e carros dos “hermanos” que já percorreram milhares de quilômetros para ficar perto da seleção argentina durante a Copa do Mundo. Eles começaram a chegar à capital paulista no domingo(29 para a partida contra a Suíça que acontecerá às 13h desta terça-feira a na Arena Corinthians
Nasgrades que separam o estacionamento da rua foram penduradas diversas faixas. Masisso é só uma amostra do que há em meio aos veículos: dezenas de bandeiras ecamisetas
A música “Maradona és más grande que Pelé”, reproduzida em todos os cantos por onde os argentinos passam, não ficou de fora no Anhembi. Basta aparecer umaequipe de televisão para algum grupo se reunir e cantar
Os”hermanos” elogiaram o local, que tem capacidade para receber 450 veículos. Aqueixa no domingo (29 era que não havia chuveiros. Mas na tarde destasegunda-feira (30, as duchas estavam sendo instaladas nos banheiros
Mesmoquem vai estar longe do estádio durante a partida garante que a experiência deestar no Brasil durante a Copa do Mundo é única e, no que depender deles, vaidurar até o dia 13 de julho
Semesperança de assistir ao jogo no estádio, Fritz Latzina (à esquerda e quatro amigos já seorganizaram para ir à Fifa Fan Fest, no Anhangabaú. No Rio e em Belo Horizonteeles também acompanharam a partida no evento. O torcedor elogiou a estruturamontada em São Paulo para receber as casas sobre rodas. Segundo ele, não haviaum espaço desses nas outras duas cidades. Latzina explica: “nãoesperavam por essa manifestação de amor da torcida argentina”
Mais do que na seleção da Argentina, Julio Cristaldo (foto e quatro amigos apostaram no carro para chegar ao Brasil. O Ford, modelo 95, percorreu mais de 2.200 km até a capital paulista. Enquanto montava um cachorro-quente, o torcedor elogiou arecepção dos brasileiros e também a limpeza do local
Frederico,Facundo e Carlos chegaram nesta segunda-feira (30 a São Paulo, após uma viagem de aproximadamente 2.400 km, desde a cidade argentina de Salta. Sem ter comprado ingressos, eles pretendem ir à Fan Fest. O trio aposta na vitória da Argentina e garante que percorrerá outras cidades para os outros jogos da seleção
Olocal de predomínio masculino não intimidou a torcedora Montserrat. Ela e seus amigos saíram de Rosário, passaram pelo Rio e por Belo Horizonte acompanhando os jogos da Copa. Apenas dois integrantes do grupo compraramingresso
Há quatro anos a viagem para o Brasil na Copa já era planejada por José AlbertoBrizio (foto e três amigos. A vaquinha de US$ 100 por mês (aproximadamente R$220 fez com que o desejo se concretizasse, mas o dinheiro não deu para comprar os ingressos. Assim como a maioria dos conterrâneos que estão no Anhembi,Brizio pretende ir à Fan Fest
Elesdecoraram uma van e saíram da cidade de San Francisco com destino a PortoAlegre, onde a seleção jogou na última quarta-feira (25. Os quatro esperam queo Papa Francisco, que também é argentino, dê sorte em uma eventual final BrasilX Argentina
Com ingressos na mão para o jogo de amanhã, os amigos que saíram de Mendoza há 17 dias, elogiaram o espaço cedido pela prefeitura. “Espetacular”, segundo Adrian(à direita. Eles organizaram a viagem desde o ano passado e compraram as entradas com antecedência. Antes desse jogo das oitavas de final, o grupo jápassou pelo Rio de Janeiro e por Belo Horizonte, onde a seleção enfrentouBósnia e Irã, respectivamente
O motorhome saiu de Córdoba com nove pessoas e já passou pelas três cidades-sede onde a Argentina jogou: Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre. Eles calculam que já percorreram mais de 8.000 km, entre a viagem inicial ao Brasil e as demais aqui dentro. Os amigos também compraram as entradas antes e esperam uma vitória de 2 X 1 nesta terça-feira.
Reportagem: Fernando Mellis, do R7.
