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Saiu na mídia

7 de março de 2014

Vila Maria e Mancha Verde garantem vaga no Grupo Especial em SP

Por: Web Matser

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Vila Maria ganhou título do grupo de acesso com enredo sobre brincadeiras. Escolas voltam a desfilar na sexta-feira (7), junto com as campeãs.

As duas escolas que desfilarão novamente no Grupo Especial de São Paulo em 2015 serão a Unidos de Vila Maria e a Mancha Verde. Elas conquistaram a vaga na elite do samba paulistano com, respectivamente, título e vice-campeonato do Grupo de Acesso.

O resultado da apuração foi divulgado no começo da noite desta terça-feira (4). A Vila Maria somou 270 pontos ao fim da contagem contra 269,2 pontos da Mancha Verde.

Nós realmente queríamos voltar [para o Grupo Especial] como campeões, para exaltar a nossa força”, afirmou Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Vila Maria e também da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.

Última colocada do Grupo de Acesso, a Estrela do Terceiro Milênio, escola da Zona Sul, ficou com 264,7 pontos e disputará o carnaval pelo Grupo 1 da Uesp.

ssim como Vila e Mancha voltam à elite, Leandro de Itaquera e Pérola Negra retornam ao Grupo de Acesso. Leandro e Pérola ficaram em último na apuração do Grupo Especial, com 266,4 e 267,1 pontos, respectivamente.

As duas escolas tinham subido com a Pérola tendo vencido o Grupo de Acesso em 2013 e a Leandro ficando com a segunda colocação.

Ao todo oito concorrentes disputaram duas vagas para o Grupo Especial. Assim como nos anos anteriores, elas desfilaram no domingo (2).

 Vila Maria

A Unidos de Vila Maria tinha sido a última colocada do Grupo Especial no ano passado. Ela apresentou o enredo “Nos meus 60 anos de alegria, sou Vila Maria e faço a festa resgatando do passado brinquedos e brincadeiras de crianças”, que também comemora o aniversário da agremiação, fundada em 10 de janeiro de 1954.

“A escola assimilou o enredo e a proposta era fazer uma brincadeira com seriedade”, contou o presidente Ferreira.

Buscando fazer um desfile descontraído, sempre que os intérpretes chegavam ao verso do samba que diz “ao som das cantigas cheguei pra buscar a peça que falta pra me completar, estátua!” todos os componentes congelavam em uma pose.

O desempenho da Vila Maria se destacou durante toda a apuração e praticamente todas as notas recebidas foram dez. “Agora vamos avaliar tudo que fizemos. Esse ano serviu como aprendizado, mas o Grupo Especial é uma outra realidade”, disse Ferreira.

No desfile, mãe e filho, Marina Lazzari e Rodrigo Bernardo formaram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Vila e fizeram um desfile emocionante.

O abre-alas representou uma máquina do tempo, convidando todo o público a voltar a ser criança. Entre os brinquedos relembrados, as alas mostraram corda, bambolê, bolinha de gude, pipa, bonecas de pano e carrinho de rolimã.

Os 230 ritmistas estavam vestidos de soldadinhos e foram acompanhados da modelo Dani Bolina, madrinha de bateria. O carnavalesco Lucas Pinto preparou um desfile luxuoso. Todas as alegorias das escolas eram compostas por carros acoplados.

Mancha Verde

Outra rebaixada do Grupo Especial em 2013, a escola fez a reedição do enredo de 2006, “Bem aventurados sejam os perseguidos por causa da justiça dos homens… Porque deles é o reino dos céus”, do carnavalesco Claudio Cebola. Naquele ano a Mancha concorreu sozinha no Grupo de Escolas de Samba Desportivas e conquistou o título.

“A gente faz carnaval para ser campeão”, afirmou Sérgio Sanzoni, diretor geral da escola. “Vamos melhorar ainda mais para sermos campeões em 2015”, completou.

A escola ousou ao trazer 3 mil componentes para a avenida, sendo a maior escola do Grupo de Acesso. No final do desfile, as alas precisaram acelerar bastante o ritmo e os últimos integrantes cruzaram o portão a poucos segundos do tempo limite, de 60 minutos.
Sem Viviane Araújo, a grande musa da escola foi Juju Salimeni, que exibiu apenas pintura no corpo e representou uma fênix.

Veja abaixo como foram os desfiles das outras seis escolas do Grupo de Acesso:

Colorado do Brás

A Colorado do Brás foi a primeira a desfilar e os componentes da escola exibiam a alegria de disputar o carnaval pelo Grupo de Acesso. Em 2013, a Colorado foi campeã do Grupo 1 da Uesp. O enredo “De onde vem a alegria dessa gente?” tratou das festas populares brasileiras e a escola concluiu a passagem pela avenida sem problemas.

Na bateria Ritmo Responsa, os ritmistas vieram vestidos nas cores da bandeira do Brasil.

Fechando a apresentação, a quarta alegoria fez referência à festa que não poderia faltar no enredo: o carnaval. O carro tinha a escultura de um rei momo e uma máscara e lembrava os antigos bailes da folia. A ala “amigos do presidente” foi a última a passar pela avenida.

Morro da Casa Verde

A escola Morro da Casa Verde foi a segunda a desfilar na noite deste domingo (2) no Anhembi. O enredo, “O Bicho vai pegar. Lendas e Assombrações”, fala sobre medos da humanidade. O primeiro carro da escola trouxe o Jardim do Éden para a avenida, junto com Adão e Eva. Logo atrás, desfilou o carro do Infero e seus “pecadores”, como diz o enredo da agremiação.

À frente da bateria, a musa da escola veio acompanhada de uma rainha mirim. Na ala das fobias, o destaque da escola foi a filha do Zé do Caixão, a cineasta Liz Marins, criadora da personagem Liz Vamp.

O desfile tratou também sobre lendas urbanas, como a da loira do banheiro e a do homem do saco. Além disso, um dos carros da escola mostrou o terror do cinema, fazendo referência a filmes do Freddy Krueger e ao clássico ‘O Exorcista’.

Unidos do Peruche

Terceira escola a passar pelo sambódromo na noite deste domingo (2), a Unidos do Peruche apresentou o enredo “A beleza é imperfeita e a loucura é genial”, que relaciona beleza, imperfeição e loucura. A comissão de frente era composto por guerreiros de pedra e por bailarinas vestidas como Marylin Monroe.

“É lindo o meu pavilhão. Peruche é minha paixão. Loucura de amor pra se cometer. Razão do meu viver”, cantavam os componentes.

A modelo Ana Paula Minerato estreou na escola e, também pela primeira vez, desfilou à frente da bateria. “Agora eu entendi por que a mulherada paga para ser rainha de bateria. É mágico”, contou a musa, que estava com o corpo coberto por 500 pedras de cristais Swarovski.

Camisa Verde e Branco

Comemorando o centenário de fundação, a Camisa Verde e Branco cantou o samba-enredo “O quilombo está em festa! Do grupo Barra Funda ao Camisa Verde e Branco, vão celebrar 100 anos de história”. A agremiação foi fundada por Dionísio Barbosa em 1914 como cordão carnavalesco.

O Camisa desfilou com 1,8 mil componentes, divididos em 20 alas e quatro alegorias, exaltando momentos marcantes de sua história.

Logo no início do desfile, a diretoria ficou preocupada com a comissão de frente, que chegou em cima da hora, quando a escola já entrava na avenida, mas o restante da passagem pelo sambódromo correu sem problemas.

Imperador do Ipiranga

Quinta escola a passar pela avenida, a Imperador apresentou o enredo “Os quatro deuses encantados sob as bênçãos de São Caetano do Sul”, enaltecendo a história da cidade do ABC paulista desde a sua fundação.

Uma das apostas da agremiação para conquistar uma vaga no Grupo Especial foram os carros alegóricos, que chamaram atenção pela altura e pela grandiosidade, especialmente a última alegoria.

O terceiro carro representava o parque industrial de São Caetano e os componentes desfilaram vestidos de operários. “Ora yê yêo, mamãe Oxum, axé! Pra nossa cidade na igrejinha da matriz tem arraiá… oba! Hoje eu vou me acabar”, dizia o verso cantado com mais empolgação pelos membros da escola.

Estrela do Terceiro Milênio

Escola mais nova do Acesso,foi fundada há 16 anos no Grajaú, na Zona Sul, e fechou a noite de desfiles com o enredo “Xirê! Louvação aos orixás”, fazendo o resgate da cultura afro-brasileira através do candomblé.

A agremiação entrou na avenida com 2,4 mil componentes e também precisou correr no final para não estourar o tempo máximo.

Comissão de frente e ritmistas da bateria “Pegada da Coruja” representavam orixás e desfilaram descalços. Já as baianas simbolizavam estrelas-guia e vieram logo atrás do abre-alas, como sinal de boa sorte para a escola.

G1 (04/03/2014)

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