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Saiu na mídia

21 de setembro de 2015

Modernização do Anhembi e parque no Aeroporto Campo de Marte levam investimentos para zona norte

Por: Web Matser

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Em visita ao bairro de Lauzane Paulista, em Santana, na manhã desta sexta-feira (18), o prefeito Fernando Haddad reafirmou o objetivo da Prefeitura em levar novos investimentos para a zona norte de São Paulo, dentro do projeto chamado Arco Tietê, que prevê uma melhor ocupação urbana das margens do rio com o mesmo nome. Como eixos de transformação da região, Haddad destacou as Parcerias Público-Privada (PPPs) para a construção de uma arena multiuso no Anhembi e a modernização de todo o complexo, além da futura implementação de um parque municipal na área do Aeroporto Campo de Marte, que deverá ser parcialmente devolvido pela União.

As duas medidas se somam ainda ao novo Plano Diretor Estratégico (PDE), em vigor desde o ano passado, que entre outras ações, estimula a ida de empresas para região, aumentando a oferta de oportunidades de empregos no local. “A zona norte tem muita gente e pouco emprego. Depois da zona leste, é a que mais sofre com a falta de oportunidades, então, as pessoas são obrigadas a migrar. Tudo bem que o Centro é mais perto da zona norte do que da zona leste, mas passar por poucas pontes todos os dias não é o adequado. O melhor é que você tenha uma centralidade aqui, que é pelo que estamos lutando”, afirmou o prefeito.

De acordo com Haddad, dois chamamentos públicos foram realizados para a captação de propostas para o Arco Tietê e um terceiro deverá ser feito até o fim do ano. A expectativa da administração municipal é enviar um projeto de lei da Operação Urbana Arco Tietê para a Câmara Municipal ainda em 2016.

O Arco Tietê é a região onde se implantou o sistema ferroviário e o parque industrial que revolucionou a economia da cidade no século XX e hoje, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, trata-se de um território adequado para receber transformações urbanísticas e econômicas, que ofereçam maior aproveitamento do solo urbano, através do aumento da densidade construtiva e demográfica e da implantação de novas atividades econômicas.

“Pelo Plano Diretor, tenho até o ano que vem para mandar [o projeto] do Arco Tietê, que vai ser a primeira operação urbana da zona norte. Ela prevê a construção de uma avenida embaixo do linhão da Eletropaulo, que vai ser paralela à Marginal Tietê e vai interligar os bairros da zona norte, sem a necessidade de usarmos a Marginal”, disse Haddad.

Arena Anhembi

Nesta quinta (17), o prefeito se reuniu na sede da Prefeitura, com empresários que mostraram interesse nos dois projetos relacionados com o Anhembi. Em janeiro deste ano, o município lançou um edital de chamamento público de Manifestação de Interesse Privado (MIP) para receber propostas de empresas interessadas em construir uma arena multiuso coberta em um terreno de 21,6 metros quadrados nas dependências do Anhembi. As propostas deveriam contemplar a construção de uma arena ao lado da concentração do Sambódromo, com capacidade mínima para 20 mil pessoas e infraestrutura interna que permita múltiplas configurações de uso, como eventos culturais e esportivos.

A administração tem como objetivo receber propostas para um modelo de negócio que possibilite a construção do equipamento com capital privado e cujo retorno de investimento se dê por meio da exploração comercial. Além disso, haverá a possibilidade de exploração de naming rights, desde que a nova denominação contemple também o nome Anhembi. Não haverá contrapartida financeira do poder público municipal e o terreno continuará pertencendo ao Anhembi. Todo o complexo do Anhembi possui mais de 300 mil metros quadrados.

Novo Anhembi

Em maio, a Prefeitura lançou um outro chamamento público, desta vez para receber propostas e projetos da iniciativa privada para a ampliação e modernização do Anhembi, que recebe cerca de 300 eventos e feiras por ano, com mais de 6 milhões de visitantes, mas tem estrutura defasada em relação a outros centros de eventos.

“O interesse privado é enorme. O Anhembi será uma das grandes centralidades da cidade, dentro do Arco do Futuro, é a porta de entrada da cidade. São 16 grupos econômicos interessados na área. Será uma PPP. Vamos expandir o centro de exposições. Vamos fazer um enorme centro de convenções que a cidade não tem e precisa, além da arena de shows para 20 mil pessoas, que a cidade também não tem e precisa. Nossos equipamentos estão um pouco defasados”, disse Haddad.

A Prefeitura estima que o parceiro deverá investir cerca de R$ 1,5 bilhão no Anhembi para a ampliação da atual área de eventos, além da reforma dos sistemas elétricos e a instalação de  estruturas modulares para eventos simultâneos e infraestrutura moderna de tecnologia da informação. A interligação com o transporte coletivo também deverá estar contemplada. A área objeto do chamamento tem quase 300 mil m² (no total, o Anhembi tem cerca de 400 mil m²) e compreende o Pavilhão de Exposições (76 mil m²), que deverá ser reformado, o Palácio de Convenções do Anhembi, o Auditório Elis Regina e o estacionamento. O Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo) não será incluído.

“Fui reafirmar que o Executivo vai levar a licitação às últimas consequências. Nossa previsão é que até o primeiro semestre do ano que vêm, os dois editais estejam publicados, da arena e do novo Anhembi”, afirmou Haddad quando questionado sobre o motivo da reunião da última quinta-feira.

O projeto de modernização do Complexo Anhembi prevê ainda a construção de transporte por trilho, provavelmente, um monotrilho, que ligaria a estação Portuguesa-Tietê da Linha-1 (Azul) do Metrô ao local. “Tem uma faixa de domínio ali para levar um monotrilho adequado, de média capacidade. Nós colocamos no edital que temos o interesse que tenha [o transporte por trilho]. Como é que você vai levar 20.000 pessoas para a arena em dias de shows? Você precisa de um transporte de pelo menos, média capacidade. Em algumas viagens, consegue acomodar as pessoas, por isso, seria importante. E não é caro, porque a extensão é pequena, são 800 e 1.000 metros”, disse o prefeito.

Aeroporto Campo de Marte

Em relação ao Campo de Marte, Haddad lembrou que, após imbróglio judicial, a União, que utiliza a área, deverá ou devolvê-la, mesmo que parcialmente ou indenizar o município. Em uma segunda etapa de investimentos, segundo ele, o local, mesmo que seja só parcialmente devolvido, poderia ser transformado em parque municipal com atividades comunitárias. Em acordo com o Plano Diretor, outro objetivo seria retirar a asa fixa do Campo de Marte, para que ele receba apenas pousos e decolagens de helicóptero, ampliando a possibilidade de construção de prédios maiores na região, proporcionando crescimento e novos investimentos da iniciativa privada.

“Provavelmente, a solução será intermediária. Eles vão devolver uma parte e indenizar outra, mas aí vamos ganhar ali um espaço enorme no Campo de Marte. As expectativas falam entre 200 mil a 500 mil m² para ter um parque na zona norte. Pretendemos ainda tirar a asa fixa de lá e deixar só heliporto, porque economiza espaço e abre esse espaço para atividades comunitárias. O Campo de Marte equivale a quase dois parques Ibirapuera”, disse.

PREFEITURA DE SÃO PAULO (18/09/2015)

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