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Saiu na mídia

1 de abril de 2014

Guns N’ Roses faz plateia celebrar Ayrton Senna em SP

Por: Web Matser

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O show do Guns N’ Roses teve atraso de mais de uma hora, mas os fãs não se importaram. Começou com “Chinese democracy”, terminou com “Paradise city”, e reuniu rocks celebrados como “Patience” e “Sweet child o” mine”. A banda passou longe da formação clássica do início dos anos 90 e Axl Rose pareceu mais esbaforido do que afinado.

O parágrafo acima descreve o show que o grupo americano de hard rock fez em São Paulo, no Anhembi, nesta sexta-feira (28), para 22 mil pessoas. Descreve também quase todas as apresentações que o Guns fez no Brasil desde 2010, quando veio para shows da turnê de “Chinese democracy”, disco de 2008, que começou a ser concebido em 1996.

Desta vez, o que houve de mais diferente foi o que deu pinta de ser uma rápida homenagem a Ayrton Senna. Antes de “Don”t cry”, o guitarrista Bumblefoot tocou uma parte do “Tema da vitória”, tão associado ao piloto. A morte de Senna completa 20 anos no próximo dia 1º de maio.

Atraso de sempre
O Guns começou a tocar pouco depois das 23h30. Mesmo ainda aquém do que se espera de um vocalista de 52 anos de uma banda de rock profissional, Axl demostra estar mais disposto do que nas duas vindas anteriores ao Brasil.

Em “It”s so easy”, até que ele engana bem, forçando nos graves e fazendo dancinhas que fazem o público berrar. “Mr. Brownstone”, na sequência, volta a escancarar as muitas limitações de Axl ao cantar. Indiscutivelmente bonita na versão de estúdio, “Estranged” vem quase em câmera lenta.

Também como nos outros shows, Axl vai perdendo a voz, mesmo que faça tudo para se poupar. O meio da apresentação é a parte mais tétrica. Há partes de “Live and let die” que parecem instrumentais, mesmo com Axl cantando. A plateia não liga. Responde com gritos de “Guns n” Roses”.

“Catcher in the rye”, por outro lado, mostra que ainda existe certa potência vocal naquela figura de bigode e chapéu que hoje lidera o Guns. E se todo show fosse como o arrebatador (adjetivo usado com boa vontade) final de “Knockin” on heaven”s door”, a performance do Guns seria digna de uma banda tão idolatrada.

Sentado ao piano em “November rain”, Axl tenta alongar uma sílaba aqui, outra ali. Tenta. Mas o esforço é celebrado pelos nostálgicos fãs. “Pelo menos ele não usa playback” pode ser uma boa pedida para quem está disposto a defender a banda.

Muitos solos, pouca pirotecnia
Os efeitos pirotécnicos são limitados. A quase irreconhecível “You could be mine” deixa isso bem claro, com explosões e labaredas fraquinhas pouco aplaudidas.

A quantidade de solos entre as músicas mais agrada do que dispersa. É prova de que os seguidores de Rose ficarão com o cantor, esteja ele de bandana, de chapéu, com pouca, muita ou nenhuma voz.

Há tempo para solo de guitarra do DJ Ashba e para que Bumblefoot cante “Abnormal”, de sua própria lavra. O baixista Tommy Stinson solta a voz em cover do Sex Pistols, “Holidays in the sun”.

Rose e o tecladista Dizzy Reed são os únicos membros da formação clássica. O grupo hoje tem também Richard Fortus (guitarra), Chris Pitman (teclados) e Frank Ferrer (bateria). Axl e seus “meninos” (nas palavras dele) continuam reforçando sua ligação com o Brasil. A banda já esteve no Rock in Rio 2011, 2001 e 1991.

A turnê deste ano já passou por Rio, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. O Guns N’ Roses toca ainda em Curitiba, no domingo (30); Florianópolis (no dia 1º de abril); Porto Alegre (3); Recife (15); e Fortaleza (17).

G1 (29/03/2014)

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