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28 de julho de 2014
Francal cumpre missão de resgatar a confiança do setor
Com o semblante menos tenso e certo de que propiciou a expositores e lojistas um período de encontros decisivos para aquecer a indústria calçadista, o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala, chegou ao último dia da 46º edição da Francal, na sexta-feira, dia 18, com a sensação de dever cumprido. Não tão boa quanto todos gostariam em quantidade de visitantes, mas pontualmente bem-sucedida para grande parte dos expositores, a mostra serviu para que o fabricante fizesse as pazes com o lojista, mais modesto em suas compras, mas ávido por novidades. Confira trechos da entrevista em que Abdala fala em estreitar os corredores para a próxima edição e, para 2016, antecipá-la para maio.
Na sua conversa com lojistas e expositores participantes da feira, qual o saldo desta 46ª edição da Francal?
Passamos por um momento diferente no País e muitos expositores vieram para a feira cabisbaixos, preocupados com a situação econômica do Brasil como um todo. A resposta que me deram sobre o saldo da feira foi “rapaz, foi um pouquinho melhor”. Então, quer dizer que a Francal cumpriu a sua função de trazer o reinício de negociações. Obviamente que não se vendeu aquilo que se queria vender, mas, dentro das condições do momento, negócios aconteceram e resgastou-se a confiança do setor. A partir daqui, podemos ter um segundo semestre melhor do que o primeiro.
Então, a feira cumpriu seu papel?
Se não houvesse feira nesse momento, todo mundo ia ficar encruado, no seu cantinho, pensando coisas ruins. É lógico que todos precisam se unir, desde os componentes até o varejo, para fazer a engrenagem do setor calçadista girar.
A edição 2015 da Francal ocorre de 6 a 9 de julho. O mercado tem pedido para antecipar ainda mais essa data. Quais os planos para 2016?
O mercado está nos pressionando fortemente para a antecipação da data. Em 2015 não temos condições. Já antecipamos em dez dias e o período ainda pega um feriado aqui em São Paulo, o que é muito bom para a visitação de lojistas. Um terço do PIB calçadista está concentrado no Estado de São Paulo. Em 2016, estamos trabalhando para uma antecipação mais substancial. Estamos encontrando alternativas de talvez trazê-la para maio, mas não posso antecipar agora.
Houve manifestações de arrependimento de expositores que não vieram?
Não culpo quem não veio. A Copa do Mundo atrapalhou muita gente no aspecto organizacional, que não haveria hotel, voo. Isso espantou não só expositores, como lojistas. E quando se decidiu a vir, não tinha coleção pronta. Quem não veio poderia, aqui, dar um tapa no passado e seguir em frente.
É possível voltar a ter uma feira que ocupe todo Anhembi?
Todo mundo está procurando redução de custos. Muitas empresas estão reduzindo seus espaços. E a Francal, ano que vem, será comprimida. Vamos estreitar os corredores para fazer uma feira mais compacta. Aí veremos mais gente nos corredores.
