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6 de fevereiro de 2013
Folia que gera renda para São Paulo
Importante evento da capital, o Carnaval movimenta cerca de R$ 100 milhões na economia da cidade.
As escolas de samba estão empenhadas nos últimos preparativos para fazer bonito no Sambódromo do Anhembi no próximo fim de semana, quando acontece mais uma edição do Carnaval de São Paulo, o segundo mais importante do país e um dos maiores eventos da capital.
A festa é bastante aguardada pelos paulistanos e também por turistas. Segundo a SPTuris, das 110 mil pessoas que assistiram aos desfiles no ano passado, 11 mil (10%) eram de fora. Neste período, a cidade faturou cerca de R$ 100 milhões.
“O Carnaval é um evento muito importante para a economia de São Paulo. Os turistas que vêm não ficam apenas na festa, mas aproveitam tudo o que a cidade oferece, como bares, restaurantes, lojas e toda a parte cultural”, diz Luciane Leite, diretora de turismo e entretenimento da SPTuris.
Segundo ela, o Carnaval é o quarto evento festivo mais lucrativo na cidade, atrás da Parada do Orgulho LGBT, Virada Cultural e Fórmula 1, que movimentam mais de R$ 200 milhões cada um. A SPTuris não divulgou o valor exato do ano passado.
O valor deixado pelos visitantes nesta época é bem representativo, na avaliação de Luciane. Quando se analisa o gasto médio de turistas em eventos realizados na capital, o Carnaval também está em quarto lugar. Os foliões de fora deixaram, em média, R$ 1.201 em 2012, incluindo despesas de hospedagem (36%), compras (22%), lazer (19%), alimentação (15%), transporte/táxi (8%), entre outras.
A média fica atrás apenas da Fórmula 1 (R$ 2.446), Parada do Orgulho LGBT (R$ 1.272,45) e Fórmula Indy (R$ 1.239,40).
Em média, os turistas permanecem cinco dias em São Paulo durante o Carnaval. A ocupação, em 2012, foi de 57,33% na rede hoteleira, segundo o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São Paulo. A maioria dos turistas (98,8%) era de dentro do país, principalmente do Paraná, Minas Gerais, Rio e Bahia. Dez mil foliões vieram de cidades vizinhas. Dos estrangeiros, as principais procedências foram Estados Unidos, Espanha, Argentina, Bolívia e Canadá. O número de turistas deve aumentar a partir deste ano, segundo Luciane Leite, devido a ações de divulgação.
Carnaval também faz a festa de lojistas na capital paulista
A economia de São Paulo começa a ser movimentada pelo Carnaval muito antes de a festa começar. Para confeccionar os carros alegóricos, as fantasias e outros artigos carnavalescos, as escolas de samba impulsionam as vendas do comércio segmentado, como acontece nos estabelecimentos especializados em festas da região da Rua 25 de Março, no Centro da capital.
O Carnaval representa 40% das vendas do ano todo para esse segmento, de acordo com números do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), superando as de Natal e todas as outras datas festivas.
Ao todo, 49 mil pessoas desfilam em São Paulo nas 69 escolas de samba da cidade, divididas em quatro categorias. As que mais investem são as 14 do Grupo Especial. A festa mais popular do Brasil emprega cerca de 4 mil pessoas na cidade, entre seguranças, pessoal de limpeza, operários e outras profissões.
Além dos desfiles no Sambódromo do Anhembi, clubes também ficam movimentados com bailes, inclusive com matinês para a criançada.
