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Saiu na mídia

30 de setembro de 2014

Em SP, Miley Cyrus compensa palco incompleto com boa voz e carisma

Por: Web Matser

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Não teve escorregador gigante de língua nem cachorro quente voador. Miley Cyrus cantou no Anhembi, em São Paulo na noite desta sexta-feira (26) com uma produção mais modesta que a de sua atual turnê mundial do disco “Bangerz”. O show um pouco mais simples – mas não menos bizarro – serviu para mostrar que, por trás do circo, Miley tem boa voz, carisma e até uma boa banda. Como sempre, ela abusou de reboladas e sensualidade. Ela pegou objetos aleatórios do público, inclusive calcinhas, sutiãs e imitações de pênis e seios, e cuspiu água nos adoradores.

O show começou às 21h15 e durou cerca de uma hora e meia. O público foi de 20 mil pessoas, número incapaz de lotar o Anhembi, que comporta mais de 30 mil.

Música em uma mão, selfie na outra
É quase tudo questão de imagem, mas às vezes dá para fazer pose e cuidar da música ao mesmo tempo. Ao menos parece ser esse o objetivo de Miley. Em “Love money party”, há um bom exemplo disso. A cena representa todo os show: Miley pega um celular e tira várias selfies com uma mão enquanto segura o microfone e canta com a outra.

Logo depois do show, na madrugada deste sábado (27), Miley publicou os vídeos ao estilo “selfie” que fez do próprio show em SP. Ela disse na publicação do vídeo, em seu perfil no Instagram: “São Paulo é tão maluca” (em tradução comportada).

Beatles e Etta James
Ela cantou “Lucy in the sky with diamonds”, dos Beatles, em versão mais arrastada que a original. O momento ganhou mais força com o fato de a música ser a atual trilha da novela “Império”. Mas foi o trio final de hits “We can”t stop”, “Wrecking ball” e “Party in the USA” que fez a alegria dos fãs. Ela também cantou – bem – Etta James e Dolly Parton.

A maior parte dos fãs era de meninas adolescentes, mas era fácil ver crianças com os pais – alguns visivelmente constrangidos nos momentos mais sensuais – e casais gays mais velhos. A chuva que caiu forte durante o dia deu um alívio na hora do show.

No reggae “4 x 4”, a banda mostra competência, sem recorrer a muitos efeitos eletrônicos. Não que ninguém preste muita atenção nos pobres instrumentistas. Uma passagem instrumental de heavy metal também mereceria mais aplausos que as caras de interrogação do público.

Água cuspida
“Sei que alguns de vocês ficaram dois, três dias nessa fila para ver essa m…”, diz Miley, prometendo corresponder aos esforços dos fãs, que cantam “Miley eu te amo” e aplaudem cada frase da falante garota. Sutiã, ursinho de pelúcia, um pênis de borracha e outro felpudo, chapéu, uma espécie de óculos em formato de seios e coroa de flores estão entre os objetos aleatórios que Miley pega dos fãs e carrega durante alguns instantes. Risadas entre o público mostram a aprovação das bizarrices.

Depois de “Do my thing”, ela pega uma garrafa de água, enche a boca e cospe no público várias vezes, aos risos e aplaudida. Outros momentos ousados não dão muito certo. Uma “câmera do beijo”, comum nos EUA, que deveria surpreender casais para fazê-los se beijar, mostra mais fãs aos prantos cantando “Adore you”.

Outra coisa que ficou incompleta, além da produção, foi o espaço para os fãs. Mais da metade da pista comum e boa parte da pista VIP estava vazia. Mas não foi caso de fracasso. A disposição da garota não conhece essa palavra.

G1 (27/09/2014)

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