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Saiu na mídia

7 de janeiro de 2013

Carnaval paulista cresce e exporta mulata para o Rio

Por: Web Matser

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Rainha da Vai Vai, Camila Silva também estará à frente da Mocidade Independente

POR ANDRÉ PIRES

São Paulo –  Carros alegóricos gigantescos. Bateria em ritmo alucinante e lindas mulatas. Gringos encantados com a ginga. Você está na Sapucaí, certo? Não necessariamente. Há quem diga que o Carnaval de São Paulo alcançou o glamour do Rio e pode roubar a cena em breve. E quem diz isso são sambistas cariocas. A ponte aérea que tempos atrás levou o balanço da Cidade Maravilhosa para o Anhembi, sambódromo paulista, criou uma geração tão boa que, agora, tem até mulata fazendo o percurso contrário. É o caso de Camila Silva, que desfilará à frente da bateria da Vai Vai e da Mocidade Independente.

“Samba é samba em qualquer lugar. Espero dar sorte”, diz a moça, 25 anos, corpo escultural, sonhando com a glória no Sambódromo carioca.

Os cariocas que vivem da indústria do samba em São Paulo entendem a razão de, hoje, acidade exportar mulatas. “Tenho as mesmas condições de trabalho, uso a mesma estrutura de carros, o mesmo material. Eu tinha um preconceito, mas estou encantado”, explica o carnavalesco Cahê Rodrigues, que assina o desfile da Vai Vai e da Imperatriz.

Com 16 anos de Carnaval carioca, ele vive sua primeira experiência em São Paulo após recusar convites por seis anos. O motivo era o mesmo: “O que vou fazer lá se estou no Rio?” Bastaram poucos meses para Cahê admitir que convidará outros cariocas para o Carnaval paulista e que levará na bagagem experiência para sua escola no Rio. “A maneira como a escola conduz o pavilhão é linda”, afirma.

Isso poderia ser opinião única, mas não foi preciso ir muito longe. Num recente ensaio da Vai Vai, em São Paulo, vinha do microfone a voz de outro ‘forasteiro’, Wander Pires, intérprete do samba enredo.

Sobrinho de mestre André, o inventor da paradinha da bateria, o cantor foi criado na Mocidade Independente de Padre Miguel e desfila em solo paulista há três anos. “Sou carioca e amo o Rio, mas hoje o Carnaval de São Paulo também é gigantesco, não tem diferença”, diz ele, que também estará na Imperatriz, no Rio.

Torcida para que Haddad termine Fábrica do Samba

Se o Rio tem a Cidade do Samba, a Prefeitura paulistana investe pesado para oferecer estrutura melhor para suas escolas de samba. Em um projeto de R$ 128 milhões, a cidade prepara a Fábrica do Samba, um espaço para reunir os barracões das 14 agremiações do Grupo Especial. O problema é que a troca de prefeito criou incertezas nos sambistas. Fernando Haddad ainda não analisou com sua equipe a obra, que tem previsão para entrega em setembro de 2013, e ninguém sabe como ela continuará.

As obras estão em ritmo lento. Poucos operários trabalhavam no local quando a reportagem do DIA fez sua visita, no dia 14. “Está no plano de governo que vamos entregar para o novo prefeito. Vai ser finalizado”, garante Luiz Salles, diretor da SPTuris, que cuida do Carnaval paulistano.

Ainda definindo seus secretários, Fernando Haddad deve manter Marcelo Rehder para administrar a SPTuris. Enquanto os governantes não batem o martelo, os sambistas torcem.

“No Rio foi muito importante e vai ser para São Paulo. É um respeito com o sambista, dando um espaço seguro e digno para se construir o espetáculo”, ressalta o carnavalesco Cahê Rodrigues.

 

Fonte: Jornal O Dia

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