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Saiu na mídia

24 de março de 2014

Procura por hospedagem para a Copa mais que dobra

Por: Web Matser

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Paulistanos querem faturar com “aluguel” de suas casas e apartamentos

O produtor cultural Sidnei Martins, de 40 anos, não liga para futebol, mas anda animadíssimo com a Copa, que ocorrerá por aqui entre 12 de junho e 13 de julho. Isso porque ele é proprietário de um apartamento de 40 metros quadrados na Bela Vista, que aluga por 120 reais a diária para turistas em curta temporada. “Tanta gente me procura que estou pensando em me mudar para o sobrado dos meus pais, na Zona Leste, e fazer uma grana extra durante o campeonato”, diz. Martins está entre os 2 000 paulistanos que aderiram aos serviços do Airbnb, a principal rede social de locações provisórias, presente em 194 países. Desde janeiro de 2013, o site apontou um aumento de 213% na oferta de residências em São Paulo, grande parte desse contingente de olho no Mundial. Há desde casarões em bairros nobres, como Morumbi e Pacaembu, até lofts na Vila Madalena e nos Jardins. Não por acaso, no mesmo período, a página registrou um crescimento de 168% na demanda por acomodações na capital.

Alugar um quarto ou mesmo uma casa inteira sai muito mais barato do que ficar num hotel. Segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), as diárias na cidade hoje estão em torno de 295 reais. Nos dias de jogos da Copa, o valor poderá subir para 500 reais. No Airbnb, os preços ficam, em média, entre 120 e 220 reais. A busca por esse tipo de estada começou a se popularizar em todo o Brasil e agrada principalmente aos estrangeiros. Segundo o Ministério do Turismo, em 2006, 59% das pessoas que visitavam o país escolhiam a hospedagem tradicional. Em 2012, esse número caiu para 52%, ao passo que o aluguel de curto prazo pulou de 8% para 12%.

Mas é claro que, mesmo no Airbnb, as cotações estão subindo. Há quem cobre até 600 reais por dia por um apartamento no centro nos meses de junho e julho. “Estou alugando um quarto por 211 reais. Na Copa, vai ser o dobro”, avisa a organizadora de eventos Cristina Putz, que há três anos disponibiliza sua casa no Morumbi, na Zona Sul, para esse serviço.

“Não regulamos o mercado, mas fazemos sugestões do que é razoável pedir, com base no tipo de acomodação, no bairro e na demanda”, explica Christian Gessner, diretor-geral do Airbnb no Brasil. “Compartilhamos uma pesquisa feita durante a Olimpíada de Londres, em 2012, que mostra que quem inflou demais os preços durante o evento acabou ficando sem hóspede.”

Veja  SP (21/03/2014)

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