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Saiu na mídia

28 de maio de 2015

Após 1 ano restaurado, Museu da Imigração é uma das atrações turísticas da zona Leste

Por: Web Matser

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Fica pertinho do metrô Bresser. Dessa maneira, para quem deseja conhecer o Museu da Imigração, o antigo Memorial do Imigrante, pode ser indicado. Sediado no prédio da antiga Hospedaria, na rua Visconde de Paranaíba, 1.316, uma das mais ricas histórias do Mundo põe o cidadão para viajar no tempo. E, claro, ele faz parte dos 34 atrativos turísticos espalhados pela zona Leste, a região mais populosa de São Paulo.

Durante o lançamento do guia, que aconteceu no dia 20 de maio, no Museu da Imigração, o secretário municipal para assuntos de Turismo e presidente da SP Turis, Wilson Poit, mostrava-se, visivelmente, emocionado. Havia uma razão. Quando explicava os motivos que o levaram a criar o material, Poit apresentou o tio, casado com a irmã de sua mãe, aos jornalistas que cobriam o evento. “Coincidentemente, meu tio, que morou neste lugar, está aqui num dia muito especial.”

Francesco De Filippis, 76 anos, chegou às lágrimas relembrando os 30 dias em que passou por ali. “Vim para cá, sozinho, em 1960. Assim que cheguei de navio em Santos, vim de trem direto para cá. Na primeira noite, roubaram minha mala”, explicou De Filippis, que veio da Itália para o Brasil e, há 45 anos, vive em Nova Iorque, nos Estados Unidos. “Vim para o Brasil com curso de ferramentaria. Hoje, não moro mais aqui, mas amo este país”, disse, emocionado.

Assim como o Sr. Francesco, milhões de estrangeiros ocuparam, nos séculos XIX e XX, a Hospedaria de Imigrantes do Brás, entre 1887 e 1978. Muitos desembarcaram com o anseio de refazer suas vidas trabalhando nas lavouras de café e na indústria paulista.

Quem conta um pouco mais de alguns detalhes são os guias que caminham pelos locais do prédio com os visitantes. Em uma sala, onde estão expostos armários e diversas camas, usadas pelos imigrantes, dá para imaginar a correria das crianças entre as mães, diz sorrindo um dos funcionários. Sorriso logo contido, porque a história, também, conta que ali gente ficava doente. Às vezes, até, morria.

Outro guia prendia a atenção de crianças de um tradicional Colégio da zona Sul, mostrando uma coleção de aparelhos que eram usados pelos médicos da época. Nem só de peças e fotos do passado vive o renovado Museu da Imigração. Logo na abertura da exposição, chamada de longa duração, o visitante se depara com uma obra de Nuno Ramos, importante nome da arte brasileira contemporânea. Uma caçamba tombada com quase 30 mil tijolos marcados com a palavra tijolo em vários idiomas. Um momento para viajar na imaginação e projetar o significado da obra.

A cada passo dado, uma nova emoção. Depoimentos sobre viagens, as bagagens, hospedaria, alimentação mexem com o sentimento de quem para por uns minutos para assistir e ouvir através dos monitores as histórias de quem presenciou tudo de perto. Em outro ambiente, um paredão grafado com 12 mil sobrenomes acirra a curiosidade. Com um pouco de paciência, certamente, algum visitante encontra o seu.

Além das exposições, há jardim, estação ferroviária, loja, cafeteria, auditório e a sala das comunidades. Mais de 2,5 milhões de pessoas de 70 nacionalidades foram acolhidas pela Hospedaria, que oferecia assistência médica, encaminhamento para colocação profissional, lavanderia, posto policial e serviços postais e telegráficos.

Programação
No mês de junho, nos dias 14, 20 e 21, haverá a 20ª Festa do Imigrante, com show do cantor Jerry Adriani, nascido no Brás, e que completa 50 anos de carreira.

SERVIÇO:
Museu da Imigração
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – Tel.: 2692-1866
De 3ª a sáb., das 9h às 17h. Dom., das 10h às 17h.
Quinzenalmente, às sextas-feiras, o museu oferece visitação noturna, ampliando o horário até as 21h.
Ingresso: R$ 6,00 / R$ 3,00 (meia) / Gratuito aos sábados

Zona Leste ganha Guia Turístico Especial
A região mais populosa da Cidade, agora, conta com um Roteiro Especial, com 34 atrativos, que ainda mostra a indicação de locais para compras e destaca construções históricas que remetem à colonização da Cidade, como a Capela de São Miguel Arcanjo. A ideia de montar um guia de bolso em três idiomas, para a zona Leste, segundo o secretário da SP Turis, Wilson Poti, surgiu durante a Copa do Mundo. O material está disponível em todas as centrais de informação ao Turista.

Os 34 atrativos escolhidos são: Projeto 4 km – Grafite no Muro, Catavento Cultural, Palácio das Indústrias, Centro Cultural da Penha / Teatro Martins Penna, Escolas de Samba, Centro de Formação Cultural / Cidade Tiradentes, Parque do Carmo, Parque do Piqueri, Parque Ecológico do Tietê, Parque Ecológico Chico Mendes, Parque Estadual do Belém, Ceret, Arena Corinthians, Parque Ermelino Matarazzo, Centro Cultural Casa da Memória, Parque Linear Várzeas do Tietê, Estádio Conde Rodolfo Crespi (Rua Javari), Sesc Belenzinho, Sesc Itaquera, Estádio do Canindé, Parque Ecológico da Vila Prudente, Museu da Imigração, Parque São Jorge / Memorial do Corinthians, Casa do Tatuapé, Mercado Municipal de São Miguel Paulista, Memorial Penha de França, Santuário Eucarístico Nossa Sra. da Penha, Basílica Nossa Senhora da Penha, Igreja San Gennaro, Igreja Nossa Senhora do Rosário, Capela São Miguel Arcanjo, Igreja Nossa Senhora do Bom Parto, Vila Zelina, Vila Maria Zélia e Templo de Salomão.

JORNAL RETRATO (22/05/2015)

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